terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Buenos Aires: segundo dia

No segundo dia, nosso gerente nos sugeriu um serviço de tour local. Foi divertido, sobretudo quando vimos nosso(a) guia. Assim que a criatura apareceu, nao consegui evitar a imagem de Lady Gaga. Acreditem se quiserem, um transex, no qual se viam muito mal acabados os entrelaçamentos no cabelo. Nao quero de forma alguma soar preconceituoso, até porque o serviço deles foi impecável, bastante atencioso. Mas é claro que indivíduo desses traz uma certa pimenta a uma ciudad además picante.

Deu autobus, elos levaranos a conocer totos os pontos tradicionais, como a Plaza de Mayo, o Obelisco, Casa Rosada...Gente, a entrada na Rosada é gratuita e os guias se revezam a cada 10 min. Acredite se quiser, mas lá dentro há quadros de personalidades políticas do séc. XVIII a Evita Peron (claro, ela morou lá), além de Getúlio Vargas. Sì, Getulito!

Passamos próximo ao Cemitério da Recoleta, mas nao entramos. Depois, El Caminito. Diz a história que lá se instalou boa parte dos imigrantes. Como nao tinham dinheiro, construíram suas casas com o que tinham a mao. O destaque, no entanto, fica por conta das tintas, em cores gritantes na maioria das casas. Para isso, a guia Gaga nos disse que ellos mismos pegavam restos de tinta com os marinheiros nos portos; como eram em pouca quantidade, numa mesma casa pode-se ver até 5 cores.

Mas cuidado! Caminito já foi abandonada e pobre. Hoy, por tener tantos colores, la gente aspierta da acá usa o local para atrair um turistas. As tiendas vendem muitas bugingangas de couro e outras porquerías. Um CD de tango aqui pode custar R$ 30 facilmente. Gente, nao comprem nada aqui! Tudo que eles vendem aqui, voces encontram na Florida, Santa Fée outros lugares. Eu vou dar todas as dicas. Calma!

Entao, também fomos ao estádio de BocaJuniors, una mierda, se quiere saber. É um puta comércio, vende-se até roupinha para bebe. Se voce é futebolista, prato cheio. Yo soy confeiteiro ou postero, como dice la gente acá.

Houve um certo momento em que o autobus parou em Porto Madero, ese sí, uno de los más recomendados. Mas eu quero fazer uma ressalvas. La gente en internet recomenda muito o Siga la Vaca, onde se come carne e muito barato. Pues sí, pero no hablan la falta de opciones. Gente, Siga la Vaca é abarrotad de brasileiros - burros como nós - que vamos buscar status e diferenciaçao, quando. na verdade, temos tudo de melhor em nosso país.

Havia brasileiros se amontoando por um lugar a mesa. O buffet era péssimo, muitas poucas opçoes de guarniçao. De quente, apenas arroz e purê. De saladas, péssimo! Nada de rúcula ou alface, apenas almeirao (tudo bem, eu adoro). A quiche, servida fria. As carnes, para encerrar, duras e sem sal. Gente, eles nao salgam a carne aqui. E nao me venham com essa história de `é para sentir melhor o sabor do alimento em si´. A brincadeira ficou em torno de R$ 240,00, o equivalente a R$ 110.

Assim que saímos, tomei um sorvete no La Valenciana. Os sabores sao de enlouquecer: doce de leite, doce de leite com pelotas de doce de leite, creme de limao, mascarpone, zabaglione. Gente, zabaglione aqui é refugo, tah? E nao me venham com essa de SP! O sorvete deles têm gosto de gemas e vinho. Se é artificial, nao vem ao caso.

De lá, fomos para San Telmo. Gente, San Telmo é como a feirinha do MASP, com a diferença de que aqui se vende muita prataria e cristal. Uma colher de prata para polvilhar açucar pode custar R$ 60,00. Tentador, mas nao comprei porque odeio limpar prataria e tenho um odiozinho singular por quem se masoquiza limpando por prazer.

Bién, havia garrafas vintage também; aquelas de água com gás, de apertar uma válvula, como nos desenhos de Tom e Jerry. Coloridas e belìssimas para sua cozinha, podem chegar a R$ 40,00, cada.

De San Telmo, voltamos ao hotel e de lá fomos para o aclamado Café Tortoni. Gente, fila de espera do lado de fora, muitos brasileiros, para variar. Aqui, tudo que é extremamente comercial para eles, para nós é ponto de encontro.

Quando conseguimos entrar, vislumbrei uma arquitetura maravilhosa; mix de bêmio, neoclássico e art nouveau com direito a vitrais, madeira entalhada e arandelas jateadas.

Aqui, eu resolvi variar um pouquinho do velho suco de laranja. Sai pela contramão e apostei num jugo de grapefruit para contrastar com a gordura do lanche e a doçura dos churros locais. Leía-se, duçura exata. Nada de churros com recheio por aqui! Apenas passados em açúcar e canela quentinhos.



Continua




0 comentários:

Postar um comentário

Deixe seu comentário e sugestões!

Related Posts with Thumbnails

Canal Cozinha   © 2008. Template Recipes by Emporium Digital

TOP